
“Mãe, quem dera se por um descuido Deus te fizesse eterna!” – essa conhecida frase da escritora Barbara Matoso expressa um sentimento talvez compreendido somente por aqueles que já sofreram a dor da perda de suas mães. Realmente parece que um pedaço de nós morre junto, uma dor indescritível. Dá a impressão de que só nesse momento entendemos a imensidão do amor delas por nós, e do nosso por elas.
Dos muitos atributos divinos, um dos que Deus conferiu também a nós é a capacidade de amar, e é o primeiro sentimento que nos vem à mente quando falamos de mãe. Claro, não podemos comparar o amor de Deus a nenhum outro, mas o amor de mãe é algo tão intenso que lá no livro do Profeta Isaías o Eterno usa esse exemplo para falar da grandeza do seu amor e cuidado por nós: “Pode a mãe se esquecer do filho que ainda mama? Pode deixar de sentir amor pelo filho a quem ela deu à luz? Mesmo que isso fosse possível, eu não me esqueceria de vocês.” (Is 49.15 – NVT). Sabe aquelas figuras de linguagem, como “nem que a vaca tussa” ou “ainda que chova canivete”? Pois parece que Deus está se utilizando de uma delas, como algo irreal, muito embora saibamos que, por causa da maldade humana, isso não seja impossível. Mas o fato é que, via de regra, nenhum ser humano ama tanto ao outro como uma mãe ao filho, e todos nós, mães e filhos, sabemos bem disso.
Assim como o de Deus, o amor de mãe é incondicional, pois ela ama o filho dedicado, responsável e íntegro, assim como ao ingrato, irresponsável e até mesmo malfeitor – basta ver as enormes filas de mães nas portas dos presídios em dias de visitas. E esse amor não se acaba ou diminui quando o filho vai embora, seja para construir sua família ou por qualquer outro motivo, ele permanece, com a mesma intensidade, até o fim. Aliás, é com ela que aprendemos a amar, pois é o primeiro grande amor das nossas vidas.
Não, as mães não são eternas, a eternidade é um atributo que pertence somente a Deus, mas o amor que aprendemos com elas e recebemos delas, esse permanece conosco até o fim das nossas vidas. Portanto, se você é mãe, que Deus lhe conceda muitos e muitos anos para amar e se alegrar através da vida dos seus filhos. E você filho ou filha, desfrute desse amor, compartilhe com ela suas alegrias e conquistas; e diga sempre que a ama, enquanto ainda a tem por perto.
Mariluzi Dalava Lopes Sales é casada com Juraci Madeiro de Sales, mãe da Giulianna e da Isabella, é advogada e serva de Jesus na Igreja Adventista da Promessa no Bairro de Santana, São Paulo – SP. Recebeu de Deus a honra de ser filha da Dona Adelfina, falecida em 08 de maio de 2013.