
Falando no sentido cristão, um namoro é um tempo de preparação; uma relação afetiva mantida entre duas pessoas que se gostam, e que pensam em se casar no futuro. Infelizmente, a maioria dos casais de namorados leva esta definição muito a sério e esquecem-se do resto do mundo. As outras pessoas passam a ser meros coadjuvantes, no filme da vida dos dois, que só se preocupam um com o outro.
Não são raras as vezes em que duas pessoas começam a namorar e abandonam seus amigos, ignoram seus pais, deixam de lado seus irmãos – os da igreja (se forem cristãos) e os sanguíneos. Vivem, apenas, um em função do outro, como se nada mais existisse. Exigem exclusividade irrestrita. É triste, mas o número dos que terminam seus namoros e encontram quebrados os seus laços de amizade com os outros, só aumenta. Isso é muito perigoso!
Na Bíblia encontramos um princípio muito importante sobre a maneira correta de mostrarmos amor uns pelos outros. Vejamos: Que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção (Fp 1:9). A palavra “conhecimento” aqui indica os princípios espirituais que devem guiar os nossos relacionamentos uns com os outros. Apesar do texto se referir ao “amor fraternal”, entre os crentes em Jesus, os casais de namorados não perderiam em nada se o aplicassem em seu relacionamento. O amor não pode ser cego, conforme é encarado e declamado no conhecimento popular. Ele deve aumentar em conhecimento e percepção.
Quem namora, ame de forma inteligente! Não se afaste dos seus amigos. Não ignore seus pais. Não despreze seus irmãos. Os “outros” são pessoas que existem e se importam com vocês. Pense: se o seu namoro o afasta das outras pessoas, é sinal que ele pode não estar sendo “inteligente”. Tome cuidado.
Fonte: O Clarim edição 60 – página 72